Não somos de ferro... Eu, pelo menos, não sou...

No inicio eu achava que só eu conseguia fazer as coisas relacionadas com o quico: triturar na medida certa a comida, dar a comida, dar a agua ou os medicamentos, fazer os exercicios que os terapeutas indicavam, por no plano, por as talas, fazer o programa do Doman, fazer os exercícios de CME, ter um bom posicionamento em todas as posições...
Mas ao longo destes 5 anos, o desgaste de toda a situação, o cansaço físico e psicológico, as dores lombares e a ciática, outro filho, o facto de ter deixado de pensar em exclusivo a situação (mais tarde também dou a minha opinião sobre isso), a clinica, fez com que que começasse a pensar: "ok, os outros não fazem tão bem, mas eu não consigo fazer tudo".
Então, fui deixando que algumas pessoas fizessem certas coisas, mesmo que não fossem feitas exectamenteda forma que eu queria ou mais correcta. 
Aconteceu que por vezes acabei por me aproveitar um bocadinho dessa situação e não fiz tantos exercicios quanto devia, ou permiti que na alimentação ele não tivesses melhor postura, ou não mobilizei  todos os dias, ou fosse estimulado em todas as situações que podia, nem me levanto de noite, Enfim, mas acho que não somos de ferro e às vezes também temos direito a desleixar-nos um bocadinho. 
E a realidade é que eu não sou perfeita e muitas vezes também não estou a fazer bem. E existem outras pessoas que também fazem com o quico outras coisas e até melhor que eu. E até coisas que físicamente eu não consigo fazer.
De qualquer forma, e porque os desafios desta "vida" vão surgindo, aquilo que acho é que devo continuar a fazer todos os esforços com o quico, fazer o máxima de coisas, mas também assumir que há certas pessoas que devem fazer outras coisas porque eu não tenho capacidade de fazer tudo...
Sara 

Comentários

  1. Percebo-te.
    Eu canso-me de dizer isso: não sou perfeita e não sou de ferro.
    Sou Mãe. Deixem-nos ser Mães!!!

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  2. Às vezes sinto-me exatamente como tu e na verdade não me sinto muito bem...
    Contudo, nesta minha tentativa de crescer e aprender a ser mais flexível, como há algum tempo me aconselhastes, a relativizar as situações, também eu vou aprendendo a ser cada vez mais mãe e menos "terapeuta", até porque o Afonso já começou a demonstrar o seu desagrado com tanto trabalho caseiro.
    Faço o melhor que sei, o melhor que posso, o que julgo melhor em cada momento...
    Beijinhos

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  3. as pessoas acham que nós mães , principalmente especiais , acham que não somos humanas que não erramos , erramos sim mesmo querendo acertar pq somos humanas

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  4. Já perdi muitas noites de sono pensando em como poder dar conta de todas as atividades do dia a dia do meu filho e ainda conciliar trabalho, casa... Mais depois que comecei a ver que embora vivesse nesse corre corre de terapias, posicionamento, aparelhos ortopédicos, etc...as deformidades vieram, acompanhadas de cirurgias. Sei que se não tivesse feito o que fiz poderia ser pior. Mais hoje sei que eu não sou mulher maravilha e que infelismente o crescimento do corpo não acompanha a evolução do músculo. E que eu não vou poder mudar o meu filho e sim tentar oferecer uma melhor qualidade de vida para ele, e que não adianta agente se descabelar...Hoje conto com uma pessoa para que possa me ajudar a cuidar do meu filho e tento dentro do possível ter uma vida normal.
    Bjs!!!

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