De quem é o colo?
Os nossos filhos são a nossa prioridade, a coisa mais importante da nossa vida. Se choram temos o dever de lhes dar colo, se têm fome temos que lhes dar comida imediatamente, se pedem atenção temos que lhes dar.
Durante 3 anos o Quico foi o centro das atenções e todas as necessidades respondidas (ou pelo menos tentamos).
Quando veio o segundo filho, houve que dividir o colo e as atenções. Ainda dá para levar às terapias quando o outro está na escola e é importante dar um tempo especial e individual a cada um. Depois, há um pai é uma mãe, e assim é possível cada um atender um filho.
Só que tudo isto se complica (e muito) quando há 3 para dar colo. E geralmente só há um colo (mesmo quando há o colo de pai e o de mãe, falta o terceiro colo)
E aí a nossa vida tem-se complicado. Por um lado há o Quico que, pela sua condição, tem que ter mais colo e atenção, pois precisa de quem o leve às terapias, quem faça o que os terapeutas indicam em casa, fazer a comida diferente, procurar a papa especial, precisa de ajuda para mudar de posição, comer, ajuda para ir à sanita, mudar fraldas... Enfim, um full-time job!
Depois há uma Teresinha, bebé que, por razões óbvias, tem que ter atenção e colo.
E o Duarte? O filho do meio... Já me falaram tantas vezes que o filho do meio é o mais desprezado. Mas o meu não é! Merece o mundo, é o miúdo mais querido que existe mas está numa fase que nada tem a ver com os outros dois. E quer também muita atenção...
E então? De quem é o colo?
E quando se adiciona a atenção que temos que dar a nós próprios, marido, familiares ou ao trabalho? E quando todos cobram e não entendem? E quando não entendem que temos que fazer escolhas e que o filho como o Quico já tem 60% das atenções ainda acham que temos que dar 90%?
Não sei como fazem as outras mães, eu vou gerindo, e muita coisa e muita gente vai ficando para trás...
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